Sucesso do Benim

O nome dela é daquelas coisas de rainha de muitos séculos atrás: Angélique Kpasseloko Hinto Hounsinou Kango Manta Zogbin Kidjo. Mas escolheu ser chamada artisticamente pelo primeiro e último: Angélique Kidjo. A lista de profissões, então, também é das grandes: cantora, compositora, dançarina, atriz, diretora e produtora. Mas vamos tratá-la por cantora Angélique Kidjo, porque é isso que a traz à nossa Quinta Quente.

Ela nasceu em um pequeno país africano chamado Benim e tornou-se mundialmente conhecida por sua diversidade musical. Em 2008, Angélique ganhou o prêmio Grammy Award de melhor álbum de World Music Contemporâneo, com o álbum Djin Djin.

Ainda menina, aos 11 anos formou a banda Kidjo Brothers, juntamente com seus oito irmãos. Na adolescência, Angélique era uma estrela na região praiana onde vivia. Nessa época, começa a produzir composições próprias. Depois, passou para o grupo que formou com colegas de escola, o Les Sphinx. A primeira grande experiência pública de Angélique foi em 1979, quando se apresentou em um show de uma rádio local.

Em 1980, aos vinte anos de idade, gravou seu primeiro disco: Pretty, que foi um sucesso fenomenal na África e atingiu recorde de vendas. Em 1984 passou a cantar com o grupo alemão Pili Pili. Em 1988, ela forma uma nova banda, com jovens franceses músicos de jazz: Angie Kidjo. Só em 1989, ela deu o passo definitivo para a carreira solo. O primeiro álbum dessa fase foi Parakou, no qual ela mistura soul, zouk, makossa e reggae com um forte ritmo do jazz.

Em 1989, foi convidada para trabalhar com sua maior ídolo: Miriam Makeba, em Paris, onde realizaram concertos de grande sucesso no Olympia.

O segundo álbum solo foi gravado em 1991: Logozo (Tartaruga, na língua materna de Angélique, fon). O nome do álbum é também o da faixa mais significativa, pela música ser uma versão de Malaïka, música tradicional africana de Miriam Makeba. Novo álbum, Aye (Vida, em fon), foi lançado no início de 1994, com dez faixas de afro-funk. Em 1995 lançou o álbum Fifa, com uma forte característica tradicional africana. Neste álbum, uma novidade: apesar da maior parte das canções ter sido composta em fon, muitas faixas são cantadas em inglês. Em 1997 chega ao público o CD Oremi, com muito jazz e rhythm and blues. Em 2001, radicada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, lança o CD Keep on Moving, uma coletânea de dezoito sucessos de sua carreira. Em 2002 lançou o CD Black Ivory Soul, com uma forte influência de música brasileira, cubana e haitiana. O álbum foi gravado em Nova Iorque e em Salvador, na Bahia, e tem participação de Carlinhos Brown, Gilberto Gil e Daniela Mercury. Em 2004 lançou Oyaya!, álbum que inclui canções mais profundas e reflexivas. Depois veio o álbum Djin Djin, que chegou às lojas em 2007 e foi concebido como um regresso às suas raízes musicais, contando com o apoio de dois percussionistas beninenses bastante reconhecidos: Crespin e Kpitiki Benoît Avinouhé (ambos membros da Gangbé Brass Band). O mais recente álbum lançado por Angélique é Õÿö, de 2010. Neste álbum consta o single apresentado por ela na Copa do Mundo FIFA na África do Sul, Move on Up.

E depois dessa extensa relação de álbuns… tinha que ser escolhida uma só música para ouvirmos aqui. Escolhi a apresentação dela na Copa, com Afirika, do CD Black Ivory Soul, porque este é um dos vídeos onde podemos acompanhar seu enorme carisma e magnífico domínio de palco.

Visite o site oficial da cantora.

E veja mais detalhes de sua biografia no site Letras.com.br.